terça-feira, setembro 11, 2007

"Umbora Gravar"

Por Heluana Quintas
O PARCEIRO
Desde as primeiras discussões sobre a viabilidade e as estratégias para articular o Estado do Amapá no movimento nacional de cultura alternativa, através do Circuito Fora do Eixo, de imediato um parceiro cujas experiências, os dados técnicos e um discurso de política cultural afinado se prontificou junto à:
GALERA
Muito embora ele pudesse se omitir das discussões em favor de um dialogo mais empresarial e menos engajado, o Poliphonic Record´s optou por compor com o Coletivo Palafita uma frente sistemática e incentivadora da música independente no Estado, que invoca investimentos arriscados, tempo e muita, muita confiança nos músicos, produtores musicais e toda a galera que esse seguimento comporta – e o Palafita ta no meio dessa galera, ou melhor esta ao lado dela. Mas eis que surge:
A PERGUNTA
Em troca de que um pessoal que já tem uma estrutura considerável para atuar no seguimento musical toparia despender seu tempo e recursos nessa empreitada que é estender o Circuito Fora do Eixo ate o Amapá E eis que se ela se apresenta. Com vocês:
A RESPOSTA
A resposta esta fincada na pedra fundamental do Poliphonic Record´s. Em outras palavras, para saber as razoes contidas na credibilidade por ele depositada na musica autoral independente e no Circuito Fora do Eixo é preciso saber um pouco da historia do Poliphonic, que no inicio era:
O QUARTO DO PPEU E DO OTTO
Na época os dois irmãos eram músicos do Studio Preveiw, onde adquiriram conhecimento sobre gravação digital e a logística que envolveria um trabalho de estúdio. Nessa tempo, seria bom se o Ppeu disparasse simploriamente a frase:
“EI, MÃE, EU QUERO UMA GUITARRA ELÉTRICA”
Mas ele preferiu contar pra mãe que pararia a educação escolar formal pra estudar em casa outras disciplinas: a musica e a técnica de gravação. Ao mesmo tempo o Otto chegava por outro lado, pedindo pra aumentar o quarto, arredar essa ou aquela parede, porque a grana que os caras faziam trabalhando em studios foi sendo aos poucos transformada em equipamentos. Com o tempo, eles já precisavam de mais espaço, e o quarto deles, mais o da mãe deles virou:
O STUDIO GENEZIS
Aí eles resolveram colar as cubas de ovos no teto e nas paredes - por causa da acústica e pra reduzir problemas com a vizinhança – alugaram uma mesa de som e começaram a botar pra 18, gravando trampos como o primeiro álbum da Genezis, da Sangria e Degrau Norte. O que rendeu uma mídia espontânea. E de repente aquela casa:
“ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA”
A residência adquiriu uma metade barulhenta, movimentada, cheia de músicos, com uma mulecada entrando e saindo. E, depois de longas horas colocando instrumento por instrumento em cada uma das faixas, lá estava, embalando-se numa cadeira cantarolando Valeria, da banda stereovitrola, a mãe do Ppeu e do Otto. Com esse apoio incondicional, havia chegado a hora de ter mais uma boa conversa com os pais e decidir o futuro daquele espaço. Foi então, que o Otto chegou com a novidade: o studio Genezis seria transformado em selo. O pai curtiu, achou uma boa idéia, mas ate ai ele não sabia que precisaria mudar de residência. Foi quando nasceu:
O POLIPHONIC RECORD´S
A casa inteira foi tomada pela musica, pra completar o studio de ensaio Underground – também, desde sempre, nosso parceiro – resolveu se integrar. E o que era studio de gravação virou um selo em sociedade, encabeçado pelos irmãos Otto e Ppeu e mais o Tássio, do Underground.
Atualmente, o studio esta gravando músicos que já demonstram trabalhos consolidados na cena local como stereovitrola, Sangria, Naldo Maranhão, Roni Morais, SPS12, Marttyrium, Sagras, Ecleziasthe, Shammah, Samsaramaya, No Control... e, é claro, o segundo álbum da Genezis.
Dispondo de Sistema Protools de gravação, Mesa Studio R de 32 canais, com sala para Pré-produção (15 contos a hora de ensaio), Produtores musicais e músicos, funcionando de 08 a 21 horas e oferecendo serviço de recepção e agendamento para sua banda não ficar esperando, o Poliphonic oferece ainda, para aliviar a parte do musico, gravação no valor de R$ 250, 00, o menor da cidade e, pra facilitar mais, conversando ainda rola um sistema de escambo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bonita tragetória. Aos amigos da Genesis: um abraço e vamos em frente que atras vem gente.