No último sábado, 18, choveu. Mas como estava quente o Liverpool! Vaporizando o início da noite, Roni Moraes, trouxe no guarda-chuva suas as autorais Belvedere, Cyber(n)ética e Contradito, com letras mundividentes e melodias suingadas, cheias de contratempos, breques, com referências tropicalistas e evolução de música progressiva. Num outro momento, enxurravam o público, as hipnóticas e poéticas Ausência e Moleque. E em “gotas gordas que davam vontade de comê-las”, pingaram uns covers de Sergio Sampaio, Secos e Molhados, Gilberto Gil, fechando a primeira parte do dilúvio com Preta, do Cordel do Fogo Encantado. E todo mundo: “leva teu chalé azul que vai chover”.
Em frente ao palco, por conta da equipe de comunicação, chuviscaram entre o público uns Zines com o Calendário das Atividades do Coletivo para o ano de 2009 e ilustrações de Jj e Igor Reale. Logo ao lado, estavam expostas as fotografias, das bandas Pierrot, Profetika, Ekinócio, Degrau Norte, Mini Box Lunar, NDA, Amatribo, Sps12 e stereovitrola assinadas por Ricardo D’Almeida, Alexandre Brito Ronix, Mirram, entre outros. Mas stereovitrola ali estava em imagem e som, dando prosseguimento a segunda parte do evento.
E choveu. Da Praça Floriano Peixoto ventava um saudosismo e no palco inundado de distorções - de duas guitarras – escorria também uns timbres molhados de órgão. Tanta água inspirou a stereovitrola, afinal não é todo dia que se bate o record no tempo de apresentação. Já não adiantava terem descido as lonas nos arredores do salão, o público queria ficar cada vez mais encharcado, de suor, cerveja e é claro chuva.
E como choveu!
Do Coletivo Palafita, o Calendário Anual de Atividades/2009
Nas últimas três semanas, o Coletivo Palafita tem realizado reuniões extraordinárias, em pleno domingo de sol. E ele tem brilhado. Durante este período, o Coletivo se distribuiu em cinco grupos de trabalho, nas frentes: artes visuais, música, literatura, jornalismo cultural e novas tecnologias.
Os grupos dividem o mesmo espaço e trocam experiências e dúvidas entre si. Neste processo, o planejamento das atividades acaba por se estruturar conjuntamente e compartilha da mesma linguagem. Assim, para cada eixo temático existe uma abertura para a interação com as outras frentes.
A situação mais emblemática quanto a isso, é a Semana de Novas Tecnologias, que abordará a utilização de ferramentas na esfera da música, das artes visuais, da literatura contemporânea e do jornalismo cultural, assunto que até a referida semana terá sido também discutido bem especificamente nas semanas das outras frentes.
As atividades prevêem além de pockets shows, exposições, palestras, workshops e mesas redondas com agentes nacionais. Além de incentivar a produção dentro do estado e possibilitar o intercâmbio com profissionais de outros estados, a atividade também tem interesse no público universitário. “Estimular a pesquisa dentro das frentes em que trabalhamos proverá a cena de informações técnicas importantes”, afirma Karen Pimenta, estudante de jornalismo.
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