terça-feira, julho 07, 2009

Palestra com Dr. Luís Gonçalves (Lisboa)



" Os Antepassados da Fortaleza de São José de Macapá: A evolução dos castelos e fortalezas"

Local: Auditório da Fortaleza de São José.
Data: 08 de julho de 2009.
Hora: 17h30

Dr. Luís Jorge Rodrigues Gonçalves (Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa)

O Palafita abraça a causa da valorização da historia do Amapá, e é parceiro nesta atividade que tem como realizador o IEPA e apoio do IPHAN.
Contatos: 8121 0131 (Mariana Cabral)





sexta-feira, abril 24, 2009

Lançamento do Calendário Palafita 2009

Por Heluana Quintas
No último sábado, 18, choveu. Mas como estava quente o Liverpool! Vaporizando o início da noite, Roni Moraes, trouxe no guarda-chuva suas as autorais Belvedere, Cyber(n)ética e Contradito, com letras mundividentes e melodias suingadas, cheias de contratempos, breques, com referências tropicalistas e evolução de música progressiva. Num outro momento, enxurravam o público, as hipnóticas e poéticas Ausência e Moleque. E em “gotas gordas que davam vontade de comê-las”, pingaram uns covers de Sergio Sampaio, Secos e Molhados, Gilberto Gil, fechando a primeira parte do dilúvio com Preta, do Cordel do Fogo Encantado. E todo mundo: “leva teu chalé azul que vai chover”.


Em frente ao palco, por conta da equipe de comunicação, chuviscaram entre o público uns Zines com o Calendário das Atividades do Coletivo para o ano de 2009 e ilustrações de Jj e Igor Reale. Logo ao lado, estavam expostas as fotografias, das bandas Pierrot, Profetika, Ekinócio, Degrau Norte, Mini Box Lunar, NDA, Amatribo, Sps12 e stereovitrola assinadas por Ricardo D’Almeida, Alexandre Brito Ronix, Mirram, entre outros. Mas stereovitrola ali estava em imagem e som, dando prosseguimento a segunda parte do evento.


E choveu. Da Praça Floriano Peixoto ventava um saudosismo e no palco inundado de distorções - de duas guitarras – escorria também uns timbres molhados de órgão. Tanta água inspirou a stereovitrola, afinal não é todo dia que se bate o record no tempo de apresentação. Já não adiantava terem descido as lonas nos arredores do salão, o público queria ficar cada vez mais encharcado, de suor, cerveja e é claro chuva.

E como choveu!

Do Coletivo Palafita, o Calendário Anual de Atividades/2009

Nas últimas três semanas, o Coletivo Palafita tem realizado reuniões extraordinárias, em pleno domingo de sol. E ele tem brilhado. Durante este período, o Coletivo se distribuiu em cinco grupos de trabalho, nas frentes: artes visuais, música, literatura, jornalismo cultural e novas tecnologias.

Os grupos dividem o mesmo espaço e trocam experiências e dúvidas entre si. Neste processo, o planejamento das atividades acaba por se estruturar conjuntamente e compartilha da mesma linguagem. Assim, para cada eixo temático existe uma abertura para a interação com as outras frentes.

A situação mais emblemática quanto a isso, é a Semana de Novas Tecnologias, que abordará a utilização de ferramentas na esfera da música, das artes visuais, da literatura contemporânea e do jornalismo cultural, assunto que até a referida semana terá sido também discutido bem especificamente nas semanas das outras frentes.

As atividades prevêem além de pockets shows, exposições, palestras, workshops e mesas redondas com agentes nacionais. Além de incentivar a produção dentro do estado e possibilitar o intercâmbio com profissionais de outros estados, a atividade também tem interesse no público universitário. “Estimular a pesquisa dentro das frentes em que trabalhamos proverá a cena de informações técnicas importantes”, afirma Karen Pimenta, estudante de jornalismo.

Assim, à medida que essa produção crescer, crescerá também o interesse de novos pesquisadores, fazendo assim coincidir cada vez mais os estudos acadêmicos com as áreas em que trabalhamos.

segunda-feira, abril 20, 2009

Deliberações da Primeira reunião FFE 2009

Resumão (Pablo Capilé)
1- Definimos que vai rolar reuniões gerais do CFE de 15 em 15 dias, aos domingos a partir das 19h. Cada coletivo precisa disponibilizar no MINIMO um integrante para a reunião. A proxima será dia 03 de Maio. Essas serão as reuniões Ordinárias.

2- Reuniões extaordinarias podem ser convocadas a qualquer momento para debater temas especificos, e só vale para decidir alguma coisa se convocada com pelo menos 5 dias de antecedencia.

3- Definidas as datas do Festival Fora do Eixo, de 05 a 12 de dezembro. Cada coletivo pode indicar até 2 bandas para a curadoria, que sera formada por um integrante de cada região e mais 5 jornalistas. Esses jornalistas serão indicados por cada coletivo, ai na reunião do dia 3 votamos e definimos os 5.

4- As casas tambem foram definidas e estão todas na converssa do primeiro email é so ler e conferir.

Bato aqui na tecla para que todos participem das proximas reuniões precisamos que todos os coletivos estejam comprometidos com o debate e que pelo menos um representante esteja presente.

Coletivos presentes na reunião:

- Espaço Cubo
- Goma
- Catraia
- Lumo
- Azimute
- Macondo
- Rede Ceará de Música (Feira da Música, Panela Eventos, Hey Ho Rock Bar, etc..)
- Palafita
- Vilhena Rock
- Travolta
- Fosforo

E como convidado o selo: Sinewave

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Selo Histórico completa 20 anos (Parabéns "Master" Lariú)

Por Ney Hugo
Foto Paulo Kid
A Midsummer Madness – selo do RJ, um dos mais antigos do país – acaba de completar 20 anos. Surgido numa época em que não existia internet e era tudo feito através do correio, o MM montou um cast gigantesco no decorrer desses anos todos. A filosofia do selo é ter bandas “de música boa”, independendo se os integrantes da banda estão preocupados em gerir a carreira ou não, circular ou ficar em casa... o que importa é a banda ser boa, compor, gravar e tocar.
“No midsummer madness nós temos artistas-artistas, artistas-pedreiros e até artistas-estrelas e todos eles são bons para caralho”. A frase é de Rodrigo Lariú, idealizor e gestor do selo, que acha que o MM tem o melhor cast do país “disparado” e “sem falsa modéstia”. Relata também admirar o modo como as bandas do selo se ajudam umas às outras.
Confira esses e outros assuntos na entrevista abaixo:
Portal FE: É muito tempo de história ein Lariú... pra começar a clássica, o que você considera como principais erros e acertos da Midsummer nesse tempo e o que o selo construiu nesse tempo?Rodrigo Lariú: Os principais acertos são as bandas. Eu tenho o maior orgulho do cast de bandas do midsummer madness, acho o melhor do Brasil disparado e sem falsa modéstia. Nosso lance nunca foi quantidade, sempre qualidade. E também nunca fomos atrás de bandas de modinha, destas que imitam Los Hermanos quando Los Hermanos é o que há. O trabalho de seleção dos artistas que trabalham com a gente é a parte mais forte do midsummer madness. Dificilmente eu ouço das pessoas que gostam do mmrecords que tal banda é ruim... O cara pode não gostar de tudo, mas dificilmente alguém acha uma banda que destoe do padrão de qualidade. Isso sempre vai ser uma característica nossa: o midsummer madness é um selo segmentado. Há alguns anos atrás, o que eu mais ouvia as pessoas perguntarem era se para entrar no selo tinha que cantar em inglês. Não! A língua não faz diferença pra mim, desde que a música seja boa. Depois, começaram a me perguntar se a banda tinha que ter um som indie... Não! Eu não considero The Gilbertos, Fellini, Casino, Dois em Um, Smack bandas indies no som. Ultimamente têm me perguntado porque a gente não contrata bandas com potencial comercial, "bandas que podem estourar"... Não é que a gente não trabalhe com bandas que podem estourar, mas sim que 1º o conceito "estourar" é errado e 2º, se a banda fizer sucesso comercial, ótimo, mas isso nunca será condição para uma banda entrar no mmrecords. Fazer sucesso é relativo. Quando eu me proponho a lançar um disco e vender 500 cópias e eu atinjo esta meta, isso é sucesso absoluto. Eu fico meio puto de ouvir comentários do tipo "banda nova / selo pequeno". Com 20 anos de história, mais de 60 bandas, quase 600 músicas lançadas, quase 100 EPs e 25 discos... isso é pequeno??Talvez o maior erro seja a nossa preguiça hahaha. Eu tenho que confessar, não sou dos caras mais esforçados, daqueles que vivem 24h em função disso. Já perdi várias oportunidades pras bandas do mmrecords por causa desta lentidão. A falta de grana nos faz também não ter uma estrutura por trás, é quase tudo nas minhas costas e isso não é bom. Se eu fico doente ou ocupado com trabalho, infelizmente o selo fica em 2º plano.
Portal FE: Como o selo veio acompanhando as mudanças dos últimos anos, como o surgimento da internet e o maior acesso às tecnologias de gravação e distribuição?
Rodrigo Lariú: Com muita prudência. Apesar do midsummer madness ter sido um dos primeiros (senão o primeiro) selo de fitas cassete do Brasil em 1991, de ter sido também um dos pioneiros na internet, com website em 1997, a gente sempre deu passos de formiguinha no que se tratava de internet. E ainda damos. Foi só em 2006 que nosso site passou a ter streaming e donwload de mp3, e ainda estamos muito receosos com esta tendência de venda de música online. Estamos esperando pra ver aonde o bar vai atracar antes de subir nele. Acho esta prudência necessária pois o midsummer madness e as nossa bandas não são exatamente o padrão de mercado. Por isso, temos sempre que analisar as alternativas e adaptá-las antes de querer sair por ai sendo o primeiro selo a fazer tudo na internet. Não da pra ser cobaia quando o dinheiro sai do teu bolso.Fora isso, claro que com a internet tudo ficou mais rápido e mais fácil do que como era em 1994, com fitas cassete e cartinhas no correio.
Portal FE: O que começou há 20 anos como amor à causa e "do it yourself" hoje se tornou um cenário cada vez mais profissional e em constante avanço. A que você considera que se deve essa tomada de consciência?
Rodrigo Lariú: Outra coisa que eu fico puto de ouvir é as pessoas me chamando de "guerrilheiro", de "batalhador", se referindo ao nosso trabalho como "persistência". Ninguém entendeu ainda que o que começou há 20 anos atrás não era um hobby, nem um trabalho de maluco: é um projeto de vida. Eu fico muito feliz de ver algumas coisas se profissionalizando. Algumas coisas eu jamais imaginaria possível há 15, 20 anos atrás, como por exemplo, eu lançar uma banda desconhecida da Baixada Fluminense e ela ser convidada para se apresentar no SESC com um bom cachê. Ou então, ter uma música de uma banda nossa no comercial do Banco do Brasil. Tudo isso tem gerado grana para as bandas e para o selo. Mas, o que eu considero mais bacana no midsummer madness - e é um fenômeno recente - é a união e a parceria entre as bandas. Por causa da comunicação interna e dos eventos que o midsummer madness promove, os integrantes das bandas do selo tem cada vez mais assumido uma postura cooperativista, em prol de todas as bandas. É o melhor estilo um por todos e todos por um. As bandas que fazem parte do midsummer madness se ajudam, se falam, trocam experiências. Isso, somado ao profissionalismo, tem tornado o trabalho do selo e das bandas muito mais fácil. É outra coisa da qual eu me orgulho muito, não vejo isso - essa família - nos outros selos parecidos com o midsummer madness.
Portal FE: Você acha que as bandas no Brasil já visualizam essa coisa da auto gestão ou ainda falta muito pra maioria compreender?
Rodrigo Lariú: Continuando o que eu disse antes, acredito que as bandas do midsummer madness, mesmo as mais antigas, já estão começando a compreender esta nova lógica, em todas as suas vantagens e desvantagens. E uma coisa que eu reforço muito para todas as bandas do midsummer madness é a liberdade de escolha. Ninguém precisa se auto-gerir se isso não tem a ver com as suas necessidades enquanto banda. Acho que o mmrecords é também o único selo do Brasil que se une / contrata bandas que não necessariamente precisam estar circulando, fazendo shows e se adequando a esta lógica.Nós temos aqui no midsummer madness uma premissa básica que vem antes desta lógica de auto-gestão: a música tem que ser boa. Isso sempre vem em primeiro lugar. Se o cara não se sente bem sendo um artista-pedreiro e não quer operar nesta lógica, isso não vai impedí-lo de conseguir coisas aqui no midsummer madness. Eu acho que esta lógica de auto-gestão tem vantagens mas por enquanto, as desvantagens ainda são muito grandes para a maioria dos artistas. Então, não é só por isso que o cara tem que deixar de compor, de gravar e de tocar. No midsummer madness nós temos artistas-artistas, artistas-pedreiros e até artistas-estrelas e todos eles são bons para caralho rsrsrs.
Portal FE: E pra encerrar, outra clássica, quais os planos pros próximos 20 verões da misummer?
Rodrigo Lariú: Sei lá... tenho planos ambiciosos para o site do midsummer madness e planos nefastos para o catálogo de CDs. Mas se a gente continuar a ter as melhores bandas do Brasil e os melhores discos e EPs, eu tô satisfeito...Só pra lembrar que a curto prazo estamos lançando 2º disco do Luisa mandou um beijo, 2º disco do Nervoso e os Calmantes, e acabaram de sair do forno o disco de estréia do Dois em Um (de Salvador, do ex penélope Luisão Pereira) e um SMD com 5 música novas do Smack, lendária banda do Edgard Scnadurra, da Sandra Coutinho (ex mercenárias), do Pamps e do Thomas Pappon (ex Fellini, The Gilbertos).

domingo, janeiro 11, 2009

Coletivo Palafita ganha prêmio da revista Vanguarda

por Karen Pimenta No dia 26 de dezembro, o Coletivo Palafita recebeu o prêmio da revista Vanguarda Cultural. A premiação tem por objetivo condecorar personalidades que contribuíram para o desenvolvimento da cultura no Amapá em 2008. A programação contou com a presença de Jorge Mautner e Nelson Jacobina, que abrilhantaram a noite.
Depois de muito trampo para a realização do primeiro Festival de Música Independente do Amapá, o QuebraMar, nada mais gratificante do que receber um prêmio por todo o trabalho realizado. Era visível a felicidade nos integrantes do Palafita, que compareceram em peso para a homenagem. Ao receber o prêmio, Otto Ramos ofereceu o prêmio a Dany Neris, integrante do Palafita, que faleceu recentemente. "Gostaria de oferecer esse prêmio a Dany Neris, que nos deixou há pouco tempo. Esse prêmio é pra você, Dany", emocionou-se.
À tarde, Mautner ministrou uma palestra sobre o movimento da tropicália e mostrou toda sua bagagem intelectual sobre o assunto. E pra fechar com chave de ouro as atividades da programação Navegando na Vanguarda, Mautner e Nelson subiram ao palco com seu "Maracatu Atômico" e mostrou porque é o Deus da Chuva e da Morte.